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Posted by : Janeson Vidal segunda-feira, 4 de março de 2013


Com Cyntia antes da reunião.
RELATO DE REUNIÕES COM O ROTARACT CLUB DE COIMBRA


Durante os dias 30 de janeiro e 12 de fevereiro tive a oportunidade de conhecer algumas cidades de Portugal e Paris na França, cumprindo um sonho antigo, principalmente em relação a Portugal.
Nessa viagem um dos pontos altos foi o contato mantido com o Rotaract Club de Coimbra já há alguns meses. Bem, vamos ao início.
Cyntia (minha namorada) foi aprovada no programa Ciências sem Fronteiras do governo federal com uma bolsa para estudar durante 10 meses em uma Universidade de Portugal, tendo sido selecionada para Coimbra. Com a sua chegada em Coimbra em setembro, mantive contato com companheiros de Rotary daquela cidade para que pudesse acolher e mostrar um pouco daquela milenar cidade a ela, inclusive como forma de ampliação da visão e de manutenção de vínculos.
Durante a palestra no jantar no Instituto Justiça e Paz.
Tive sempre apoio de quem busquei, com um carinho especial ao companheiro Wander Brás, associado do Rotary Club Coimbra Olivais, que sempre foi disposto a nos ajudar.
Em um desses contatos Cyntia foi encaminhada às reuniões do Rotaract Club de Coimbra e manteve um bom círculo de amizades, além de virar assídua nas atividades do club. Quando confirmei minha ida a Portugal iniciei a, pessoalmente, manter contato com a Presidente do Club, a companheira Rosana Diaz, que sempre atenciosa recebeu o meu interesse em participar de reuniões do club durante a minha estadia com bastante entusiasmo. Nessas conversas recebi o honroso convite para poder proferir palestra com o tema “Companheirismo” na reunião do dia 06 de fevereiro, reunião bastante especial para o club, como falaremos mais a frente.
Cheguei a Lisboa no dia 30 de janeiro e na mesma manhã já parti para Coimbra. Conheci um pouco da histórica cidade e pude, já à noite, participar da primeira reunião no Rotaract Club de Coimbra onde tratou-se da reunião da semana seguinte, o nosso especial jantar. Nesse primeiro contato já fui especialmente bem tratado e tive a oportunidade conhecer um pouco o club, vendo-o plural. Desde companheiros brasileiros, até um companheiro chinês, além, por óbvio, dos companheiros portugueses.

Uma confissão é que algo me deixou bem tranquilo, somos iguais. A forma de fazer muita coisa, a busca de necessidades, os perrengues, as lutas, a simpatia, o formalismo bonito e, principalmente, o companheirismo.
Presidenta Rosana entrega ao Padre Paulo a doação de mil euros.
Passada uma semana entre uma reunião e outra, chegamos ao tão aguardado dia, o jantar festivo do Rotaract Club de Coimbra. O jantar foi festivo em razão de vários fatores, primeiramente em razão da doação de € 1.000,00 (mil euros) ao Instituto Justiça e Paz com a finalidade de apoio a estudantes, também era festivo pela posse de alguns companheiros, além disso pela presença de um companheiro brasileiro (eu) e da troca de prendas realizada entre os Rotaract Clubs de Pau dos Ferros e Coimbra.
Uma cerimônia linda realmente, mas que começou com uma gafe desse que vos escreve. O protocolo me convidou para fazer as saudações à bandeira do Rotaract Club de Coimbra, como de costume saudei com palmas, mas, na verdade, a saudação era se direcionar até a bandeira e coloca-la à minha frente com a mão direita puxando sua ponta até o lado esquerdo do peito. Superado o momento, iniciamos o jantar com uma sopa (caldo grosso com sabor menos forte) enquanto conversamos, tendo, logo em seguida, sido servida a carne de porco à alentejana, um prato saborosíssimo num cozido de vários ingredientes entre carnes, mariscos e legumes.

Rosana recebendo a bandeira.
Ao fim do prato principal e antes da sobremesa (sempre tudo regado a vinho), fui convidado a proferir minha palestra que, desde o início preferi denominar de breve conversa com os companheiros presentes. Em 20 minutos tive a oportunidade de falar um pouco sobre a vivência em Rotaract com o companheirismo, experiência que ajudaram na minha formação pessoal, além de confissões sobre o que estava sentido por poder participar de momento tão especial. Me senti satisfeito com o meu pronunciamento. Ao final os presentes ainda debateram sobre o tema proposto engrandecendo o momento, valendo citar a presença na reunião e nos debates do Governador Distrital da gestão 2006-07 do Distrito 1970, o companheiro Álvaro Gomes. Vale apenas citar a poesia lida no final da minha palavra, “Mãos dadas” de Drummond.
Troca de prendas.
“Não serei o poeta de um mundo caduco.

Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
[...]
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente.”
Apresentação na reunião no retorno.
Após essa parte tivemos na reunião a entrega do valor de € 1.000,00 (mil euros) ao diretor do Instituto Justiça e Paz, o Padre Paulo, tendo sido entregue pela Presidenta do club, Rosana Diaz.
Após esse momento houve a troca de prendas entre os clubes. Em nome do Rotaract Club de Pau dos Ferros, presenteei o Rotaract Club de Coimbra com uma boa cachaça “Gota Serena”, um chaveiro do Rotaract, um boné do Rotaract e uma bandeira do Brasil com uma dedicatória em seu canto. Em resposta recebemos uma garrafa de delicioso vinho do Porto (degustado na primeira reunião seguinte do club), além de uma sacola com três livros, dois de poesias reunidas pelo Rotariano José Ribeiro Ferreira e um falando sobre uma viagem a Coimbra no século XVII, além de um pôster enorme com uma imagem pintada da época, uma bandeira de mesa da cidade de Coimbra e a medalha oficial de Coimbra.
Medalha de Coimbra.
Logo após esse momento a posse das companheiras Yuan Luo (chinesa), estudante de Letras Português em Pequin e que passa por intercâmbio também em Coimbra, bem como da companheira Thalita Ventorini (brasileira) que faz mestrado em Direito na Universidade de Coimbra.
A grande surpresa da noite se deu por conta da apresentação (surpresa mesmo) do “Fado ao Centro”, principal grupo de Fado de Coimbra e conhecido em toda Portugal pela forma encantadora que demonstram essa vertente cultural tão forte. Na apresentação foram cantados quatro fados. O primeiro foi "olhos claros", depois veio "Vira de Coimbra", após isso veio "Balada de despedida do 5º ano jurídico" (pra mim a mais bonita, que fala do fim da faculdade e da partida de Coimbra, bem como da saudade) e por último o fado "Coimbra" (esse já gravado por Roberto Carlos). Notícias sobre a reunião saíram no "Diário As Beiras", importante jornal da região.
Apresentação do Fado ao Centro.
A sensação é de paridade na disposição, apesar dos focos serem diferentes em razão principalmente da existência ou não de público carente.
Mas a maior sensação que ficou no peito foi de real saudade pela oportunidade de ter participado dessa reunião e de momentos tão especiais. Como disse outro dia, me sinto abençoado por poder ter momentos tão bons na minha história. Quando vi rotarianos ajudando Cyntia ou a forma como fui recebido, vi, enfim, que, realmente, companheirismo é um termo universal.

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